sábado, 1 de novembro de 2014

Vazio













Esse silêncio repentino
Corrói me a alma
Tento acreditar no destino
Quando a noite me acalma

Vejo te distante
Quase miragem
Vertigem alucinante
De outra margem

Em mim se entranha
Essa estranha sombra
O meu corpo já nem estranha
A luz que deslumbra

Sabe-me o silêncio
Amargo sentir
No vazio
É quando faz se ouvir

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Insónia

Trancado no meu quarto
Sem conseguir adormecer
Olho para o tecto
Penso no que está a acontecer

Ainda sinto o teu perfume
Imagino que estás perto
Não aguento este ciúme
Assim estou incompleto

Só desejo ter te comigo
Que me aqueças o peito
Sem ti não consigo
Desculpa se não sou perfeito

Sei que não presto
Talvez não te mereça
Tento esquecer tudo o resto
Sem que o amor desapareça

Talvez eu seja uma criança
Disso não tens culpa
Mas eu nunca tive infância
Só me resta pedir desculpa

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Perto

Suicídio já não faz parte de mim
A morte é minha aliada
Eu cultivo-lhe o jardim
Mas continua a não ser amada

Ela já não me assusta
É bela, fria
Omnipresente, injusta
É ela que nos cria

Mas eu não vou desistir
Ela é minha amiga
Vou persistir
Mesmo que ela tenha a minha vida

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Filho da Desilusão




Eu sou o fruto
Que o desespero criouO eterno luto
Que a morte não aceitou 

Sou aquele que a felicidade recusou
Que viu a luz
E que num êxtase se apagou
Como a solidão que me conduz

Sou o filho prometido
Que meu povo apedrejou
O fruto proibido
Que o corpo envenenou 

Sou o filho do desespero
Que a solidão abandonou
Há tanto tempo que espero
A vitória que nunca chegou 

Vens ter comigo
Mesmo com tudo o que fizeste
Como é que ainda me chamas amigo
Depois de tudo o que disseste

Caçador de histórias
Sonhador até na escuridão
Estas são as memórias
Do filho da desilusão

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Nostalgia

Sinto os olhos pesados
Mas não consigo adormecer
Sonhos perdidos
Que eu não consigo esquecer

Trazes de volta a realidade
Um Beijo se solta
É mais que uma verdade

Lembrança apagada
De quem partiu
Liberdade quase nada
Por isso fugiu

Relembrados os momentos
Com nostalgia
Quando nos sonhos
Estavas na minha companhia

quarta-feira, 3 de março de 2010

Que liberdade é esta?

Ora bem hoje vou falar de uma liberdade que nade é liberal a não ser num nome.
Quanto a este assunto questiono-me, será que somos realmente livres?
Pensem bem, que liberdade nós temos?
Escolher entre uma Coca-Cola ou uma Pepsi?, liberdade em que a nascença somos obrigados a levar com o cristianismo ou com outro "ismo" qualquer que os pais tiverem como padrão?, Quanto a religião vou fazer um post mais tarde sobre isso.
Mas agora voltando ao assunto.
Já reflectiram sobre isto?, já pensaram que vivemos num país que se diz liberal onde a liberdade é escassa?
A liberdade que se diz existir no nosso pais será mesmo uma liberdade? Eu acho que um ser só é completamente livre quando, é livre de corpo e mente. Bem quanto há mente acho que os portugueses são livres, os portugueses são sonhadores na maioria, mas quanto ao corpo, a minha opinião é a mesma e nem só de sonhos vive o Homem.
A minha opinião quanto a este assunto é que o corpo vive preso numa liberdade que não existe, pois como já disse logo a nascença somo obrigados a "levar", com muitas coisas sem poder-mos dar a nossa opinião, mas bem não vejo nada contra isso, o "Homem" quanto espécie para constituir sociedade, precisa de regras,normas,ordens e até algum controlo, por que se não o mundo seria completamente selvagem ainda, o que não acho bem é chamarem liberdade a uma coisa ou estado de espírito que tem de tudo menos Liberdade, a liberdade é apenas uma ilusão para o povo, pensar que vive em liberdade, sim porque nos Humanos precisamos de regras, mas como animais que somos, existiram sempre instintos aos quais não podemos fugir um deles é o de liberdade, mas mais uma vez digo a liberdade é apenas uma ilusão, um sentimento, porque um ser que se encontre em plena liberdade durante muito tempo, fica sem rumo, sem nada para fazer, sem saber o que fazer, por isso a necessidade das tal regras, eu acho que a liberdade é um pouco como a adrenalina, quando começa é aquele frenesim extremo, quando acaba quase que já não existe nada, é apenas um efémero momento, como uma ilusão o que já tinha dito antes.... Pensem sobre isto Será que tenho razão?, serei o único a pensar isto?
Estarei a ficar doido?.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Nada

Nada
Lembra-me de tudo
O que acaba
Como um beijo mudo
Que cedo se apaga

Com uma voz rouca
Um efémero abraço
Que se torna eterno através do nosso olhar
A noite arde louca
Que de frio amarga
Toque fino do teu traço
Pelo meu Corpo a passar
Nostalgia errada
Que me faz querer desejar
Não ser mais do que isto
Nada!